Sessões aos sábados, às 20:00

Escola Dilma Lúcia dos Santos
Rodovia SC 406 (Rodovia Francisco Thomaz dos Santos - Seu Chico) nº 6050
Armação do Pântano do Sul

Ponto de Cultura Baleeira
Rodovia SC 406 (Rodovia Francisco Thomaz dos Santos - Seu Chico) nº 5820, em frente ao trevo da Armação

Informações (48) 9145 9550 (48) 8808 0648

novembro 27, 2013

Sessão de Sábado 30 de Novembro

Balzac e a costureirinha chinesa.
Direção: Dai Sijie. França/China, 2001, 116 min. 16 anos.
Luo (Chen Kun) e Ma (Liu Ye) são dois jovens de 17 anos que, em plenos anos 70, vivem na China comandada por Mao Tsé-Tung. Os dois são encarados como sendo inimigos do povo por seus pais serem médicos e dentistas, considerados burgueses reacionários. Luo e Ma são então presos e encaminhados a um "campo de reeducação", em uma vila isolada no Tibet. Todos os livros de Luo são queimados, mas Ma consegue manter seu violino ao alegar que Mozart compunha para o Presidente Mao. No campo eles apenas encontram alívio nas músicas tocadas por Ma e nas histórias narradas por Luo, até que conhecem uma costureirinha (Zhou Xun) por quem ambos se apaixonam. Ela então lhes revela um precioso tesouro: livros considerados subversivos e de autoria de Flaubert, Tolstói, Victor Hugo e Balzac, que estão de posse de Quatro Olhos (Wang Hongwei), outro jovem que está sendo reeducado e está prestes a retornar à cidade. O trio então decide por roubá-los.

novembro 21, 2013

Sessão de Sábado 23 de Novembro

A Balsa de Pedra
Direção: George Sluizer. Espanha/Portugal, 2002, 105 min. 14 anos.
Na sequência de um abalo de terra que nenhum sismógrafo registou, uma fenda enorme aparece na crosta terrestre ao longo da fronteira entre Espanha e França. Aos poucos, a Península Ibérica parte à deriva, como uma Jangada de Pedra... Joana traça no solo uma linha que não se apaga; Joaquim lança à água uma pedra enorme, desafiando a gravidade; José é acompanhado para todo o lado por um bando de estorninhos; num canto perdido de Espanha, Pedro é o único que sente a terra a tremer e da mão de Maria escapa-se um novelo que não mais termina... Todos estes acontecimentos, à volta da Jangada de Pedra, parecem ter apenas uma finalidade: fazer com que estas pessoas se encontrem, desvendando pelo caminho inesperados enigmas! Baseado no livro de José Saramago.

novembro 12, 2013

Sessão de Sábado 16 de Novembro

Uma noite em 67
Direção: Renato Terra e Ricardo Calil. Brasil, 2010, 93 min. livre.
Final do III Festival da Música Popular Brasileira da TV Record, 21 de outubro de 1967. Entre os candidatos aos principais prêmios figuravam Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso, Gilberto Gil e Mutantes, Roberto Carlos, Edu Lobo e Sérgio Ricardo, protagonista da célebre quebra da viola no palco. Com imagens de arquivo e apresentações de músicas hoje clássicas, o filme registra o momento do tropicalismo, os rachas artísticos e políticos na época da ditadura e a consagração de nomes que se tornaram ídolos.

Sessão de Sábado 9 de Novembro

Cada um com seu cinema
França, 2007, 95 minutos.
35 cineastas apresentam curtas-metragens de 3 minutos, cujo tema é o amor ao cinema.
100 ANOS DO CINECLUBISMO
Divertir, instruir, emancipar!
Por Felipe Macedo
Não existe um estudo sério e abrangente da história dos cineclubes, instituições que o público organiza desde os primórdios do cinema – e mesmo antes: clubes populares usavam lanternas mágicas para ilustrar conferências e debates ao longo do século 19. No entanto, os cineclubes estão na origem da maioria das instituições cinematográficas que não derivam do modelo industrial hollywoodiano. Festivais de cinema, cinematecas, escolas de cinema nasceram dos cineclubes. A maioria dos movimentos cinematográficos surgiu dos cineclubes: o impressionismo francês, o documentário britânico, o documentário independente estadunidense, o neorrealismo italiano, a Nouvelle Vague e praticamente todos os “cinemas novos” nas mais diversas cinematografias. Em muitos países foi em torno dos cineclubes que se estruturou o que se pode chamar de cinema ou cultura cinematográfica nacional. Até surgirem as escolas de cinema todos os cineastas se formavam nos cineclubes. Por que, presente em tantos setores e biografias do cinema, o cineclubismo ocupa um espaço tão diminuto em sua memória e consciência? Minha hipótese é de que isso acontece porque cineclube remete a público. É uma forma institucional criada pelo público insatisfeito com um cinema que se estabeleceu como ]discurso de alienação e dominação. É uma organização potencialmente perigosa, que ameaça o cânone essencial do cinema hegemônico: a apropriação privada dos meios de produção da expressão artística. Embora iniciativas de exibição, discussão e produção de filmes de forma coletiva tenham existido desde o final do século 19, é em 1913 que encontramos um primeiro cineclube amplamente documentado: o Cinema do Povo. Sob a forma de cooperativa, foi criado com o objetivo de produzirum novo modelo de cinema, que representasse os interesses das grandes maiorias. Seu mote era: “Divertir, instruir, emancipar”. Estabelecido em Paris, o Cinema do Povo tinha vínculos estreitos com o meio operário e anarquista, e o modelo repercutiu em diversos países, inclusive no Brasil. 2013 - Ano do Centenário do Cineclubismo Cinema do Povo (Paris) 1913